Sobre que tábuas segues teu caminho?
Não há nada neste chão colorido.
Apenas o sangue que o tempo deixou.
O sangue desbota com a chuva,
as cores escorrem, e se vão.
A música vem do campanário da igreja no alto da colina.
Aquela vigiada pelo mar.
Aquele em que me deitei nas escadas
e observei os corvos passando sob um céu alaranjado,
desde o chão do campanário.
As nuvens arroxeadas choravam crepúsculo naquele dia,
escorria melancolia daquele céu escurecido.
A noite vem do horizonte à esquerda.
Voe belo pássaro de restos,
que trajando luto, se esvai.